Reportagem do Jornal O Globo mostra a rotina de estresse e pressão vivida pelos motoristas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro. E descreve também os desgastes físico e emocional, a sobrecarga de funções, o atendimento e contato direto com a população, que transforma esse condutor na canal de reclamações constantes dos usuários do transporte coletivo na Cidade Maravilhosa, e, por fim, os absurdos impostos pela nova lei dos motoristas a esses profissionais, que acarretam ainda em humilhações, vergonhas, mais estresse e mais pressão.
Condutores de alta tensão: a rotina estressante dos motoristas de ônibus do Rio Temidos como os maiores predadores do trânsito carioca, eles também são vítimas do caos no sistema de transportes
Quando a fluidez do trânsito permite, motoristas das linhas de ônibus do Rio fazem a carroceria chacoalhar nas curvas e aceleram além do limite entre o arrojo e a imprudência. Na falta de um autódromo na cidade, a corrida é nas ruas. Apesar da disputa para ver quem carrega mais reclamações pelo caminho, todos estão juntos no mesmo sofrimento, que submete a profissão às cobranças de patrões e usuários e às doenças de corpo e mente. A maioria dos motoristas a serviço das 43 empresas integrantes do sindicato Rio Ônibus, que reúne os quatro consórcios responsáveis por todo o sistema no município, não tem suporte de cobrador, nem plano de saúde.
(Fotos: Agência O Globo).
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